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Conscientização e informação são fundamentais para a prevenção do câncer de mama


Neste mês de outubro está sendo bastante divulgada a campanha popular internacional "Outubro Rosa", que reforça a luta contra o câncer de mama. Durante todo o mês é ressaltado, através de várias campanhas locais e mundiais, a importância do diagnóstico precoce e do tratamento qualificado de uma das doenças que mais atinge as mulheres em todo o mundo. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a cada ano 52 mil novos casos da doença surgem no país e mil mulheres morrem mensalmente. Essa estatística pode ser revertida através do diagnóstico precoce da doença. De acordo com a Mastologista do Centro Médico Pampulha e do Sistema Único de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, Paula Cristina Martins Soares, quando mais cedo o câncer de mama for diagnosticado maior o índice de cura. "Percebemos que existe certo temor das mulheres em fazer os testes e enfrentar a doença, mesmo sabendo da importância da mamografia. Muitas descobrem os nódulos, porém não procuram ajuda imediata, pois ficam com medo de ser câncer. Na verdade, a maioria das alterações na mama, através dos nódulos, são benignos", comenta.

Segundo Paula Soares, a doença que mais mata mulheres no Brasil é o câncer de mama. "Em alguns casos isso ocorre porque ele é agressivo. Porém, na maior parte das vezes isso ocorre devido ao diagnóstico tardio. Com a demora ele pode se espalhar para outros órgãos do corpo. Por isso é importante o rastreamento mamógrafo a partir dos 40 anos. Muitas vezes a mulher descobre o nódulo através do exame de toque, porém com a mamografia é possível diagnosticar antes de o nódulo ser palpável. Por isso é importante o autoexame, a mamografia e o exame físico realizado pelo médico", explica.

Mulheres com menos de 40 anos devem sempre procurar fazer o exame médico e o autoexame.A realização da mamografia nessa idade deve ser indicada para mulheres com risco aumentado, ou seja, que têm casos de parente de 1º grau que tiveram câncer antes dos 50 anos, ou caso de câncer de mama em homens, mulheres com câncer de ovário e câncer de mama bilateral nas duas mamas. Segundo Paula Soares, 90% dos diagnósticos de câncer de mama não têm relação com a genética. "As pessoas acreditam que o câncer de mama está relacionado somente à genética. Muitos usam isso como desculpa para não realizar a mamografia. Apenas 10% dos casos estão relacionados à genética" esclarece. Quanto mais velha é a mulher, maior a chance de ter o câncer de mama.


Relação com a alimentação

Os principais fatores de risco para o câncer de mama estão relacionados ao histórico familiar, obesidade, má alimentação, sedentarismo, tabagismo, entre outros. Os Estados Unidos têm o maior índice de diagnósticos de câncer de mama, que pode estar relacionado ao padrão de vida americano. "A alimentação está relacionada diretamente com o desenvolvimento de dois tipos de câncer: o de mama e do estômago", conta Paula Soares.

A associação entre dieta e câncer de mama ainda está sendo estudada, porém podem estar relacionadas. Segundo a especialista em Terapia Nutricional do Acompanhar, Laila Pena, a alimentação é um fator importante, tanto no aparecimento, no tratamento e na prevenção do câncer em geral. "Nunca li nenhum texto científico sobre a relação do câncer de mama e alimentação, mas é do meu conhecimento vários textos científicos fazendo a relação do câncer em geral e da alimentação. Na prevenção é indicada uma alimentação rica em frutas e legumes, carboidratos complexos (chia, quinoa, granola) e o uso dos conhecidos antioxidantes, como a vitamina C presente na laranja. Não é indicado o uso de carnes gordas, frituras, biscoitos recheados, alto consumo de leite e seus derivados e de açúcar", comenta.


Tratamento

O tipo de tratamento para o câncer de mama ainda gera dúvida. Paula Soares comenta que o tratamento está relacionado ao estágio da doença. "Normalmente o tratamento inclui cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A hormonioterapia é realizada em algumas pacientes depois dessa etapa do tratamento para evitar que o câncer volte", explica. Outro ponto relacionado com o tratamento é a retirada da mama. "Muitas mulheres têm medo da retirada da mama, porém nem sempre é necessário retirar a mama toda. Conseguimos retirar uma parte com uma margem de segurança. Fazer a retirada da mama e reconstru- ção com prótese de silicone no mesmo momento é importante. Os próprios mastologistas têm realizado o procedimento de cirurgia plástica", informa.

Muitas pessoas perguntam se os homens podem ter câncer de mama. Paula Soares informa que sim, apesar de isto ser mais raro. "Acontece um caso em homens para cada 100 em mulheres. Essa questão está ligada aos hormônios e à anatomia", comenta. Ela completa, informando uma questão importante: "Os mamógrafos no Brasil são mal distribuí- dos. Em Belo Horizonte existe uma grande disponibilidade e o acesso pela Prefeitura é fácil. Muitas vezes sobram vagas. Nos últimos cinco anos a Prefeitura ampliou o número de mastologistas e o acesso à mamografia e à ultrassonografia". Para mais informações procure um mastologista ou uma ginecologista.

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